2006, Alemanha, Mundial: título para a Itália

fifa 18

 

32 anos depois, a Alemanha organizava um Mundial. Com uma pequena diferença, desta vez era a totalidade do território germânico. Não como em 1974, em que estava dividida em duas. Parecia que tudo estava pronto para a festa, mas, a Itália, nas meias-finais, nos dois últimos minutos do prolongamento, acabou com o sonho alemão, vencendo por 2-0 e doze anos depois estava na final doze anos após a última. Curiosamente, tal como em 1994, nos EUA, foi decidida nas grandes penalidades, porém, ao contrário da de 1994, a sorte sorriu aos italianos que não falharam uma e viram os franceses desperdiçarem uma que foi o suficiente para a festa. Para a França, oito anos após a sua única final, tiveram aqui a hipótese de alargar o seu palmarés, todavia, aconteceu o que digo acima: a festança foi para os transalpinos, 24 anos depois do seu último troféu que tinha acontecido no Mundial de 1982, na Espanha!

Uma das surpresas do torneio foi a Ucrânia. Primeira presença e única até agora, consegui atingir os quartos-de-final, depois de eliminar a Suíça, nas grandes penalidades, nos oitavos. Na eliminatória seguinte, a Itália foi claramente mais forte, 3-0, porém não deixou de ser uma boa prestação. Outra participação razoável foi obtida pela Austrália, chegou aos oitavos, perdendo, com uma grande penalidade muito controversa, perto do fim, com os carrascos da Ucrânia, a Itália. O Gana que até aqui nunca tinha participado, apesar de na altura ostentar quatro títulos de campeão africano, também chegou aos oitavos, mas, aí o Brasil foi naturalmente mais forte, e venceu sem dificuldades. Os ganeses igualaram Marrocos, Camarões, Senegal e Nigéria como equipa africanas que sobreviveram a uma fase de grupos na história deste evento.

Portugal teve aqui pela primeira vez duas participações consecutivas. Ao contrário da de 2002, no Japão e Coreia Sul, os lusitanos tiveram uma excelente prestação, concluindo em quarto lugar, segunda melhor performance, só em 1966, fizeram melhor e acabaram em terceiro. Uma fase de grupos perfeita com três jogos e três vitórias. Nos oitavos, diante da Holanda, num jogo muito complicado, com muitos cartões e expulsões, um golo de Maniche chegou para a apurar a seleção para os quartos. Aí, frente à Inglaterra, o guarda-redes Ricardo foi herói, defendendo três grandes penalidades, no desempate, apurando, 40 anos depois os portugueses para as meias-finais. Zidane, de grande penalidade, fez a diferença e eliminou Portugal. No jogo para o pódio, os alemães foram superiores. Não obstante isto tudo, os portugueses ficaram nos quatro primeiros, uma excelente participação.

 

 

ÉPOCA   FASE ATINGIDA ADVERSÁRIO RESULTADO
         
2006, Alemanha: Itália      
       
    1ªfase, Grupo E Gana 2-0
      EUA 1-1
      República Checa 2-0
    Oitavos-de-final Austrália 1-0
    Quartos-de-final Ucrânia 3-0
    Meias-finais Alemanha 2-0 a.p.
    FINAL França 1-1/5-3 g.p.
         
 Onze principal: Buffon; Zambrotta, Cannavaro, Materazzi e Grosso; Gattuso e Pirlo; Camoranesi (Del Piero), Totti (Iaquinta) e Perrotta (De Rossi); Toni
         
Marcha do marcador: 0-1, por Zidane (7m, gp); 1-1, por Materazzi (19m)

Penalties: 1-0, por Pirlo; 1-1, por Wiltord; 2-1, por Materazzi; 2-1, Trezeguet (à barra); 3-1, por De Rossi; 3-2, por Abidal; 4-2, por Del Piero; 4-3, por Sagnol; 5-3, por Grosso

         
* jogos no recinto adversário; +campo neutro;

 

Portugal no Europeu 2008, Áustria/Suíça

Áustria/Suíça-2008

 

     
Fase de apuramento:      
         
    Grupo 1 Finlândia 1-1*
      Azerbeijão 3-0
      Polónia 1-2*
      Cazaquistão 3-0
      Bélgica 4-0
      Sérvia 1-1*
      Bélgica 2-1*
      Arménia 1-1*
      Polónia 2-2
      Sérvia 1-1
      Azerbeijão 2-0*
      Cazaquistão 2-1*
      Arménia 1-0
      Finlândia 0-0
Fase Final:        
    1ªfase (Grupo A) Turquia 2-0
      República Checa 3-1
      Suíça 0-2
    Quartos-de-final Alemanha 2-3
         
*jogos no estádio do adversário; +campo neutro
 

 

Um apuramento complicado para o Euro 2008 na Áustria e Suíça. Apenas uma derrota, frente à Polónia e seis empates, com sete vitórias alcançadas, que se juntam a sete vitórias. Tudo decidido no último jogo, onde o empate contra a Finlândia deu aos lusitanos a qualificação. Era a equipa em transição depois do segundo lugar no Europeu de 2004, em casa e o quarto lugar no Mundial de 2006 na Alemanha.

A fase final foi organizada por dois países a Áustria e a Suíça. Pela segunda vez que isso acontecia. A outra foi em 2000, pela Bélgica e Holanda. Portugal ficou num grupo acessível, com Turquia, República Checa e Suíça.

Duas vitórias nos dois primeiros jogos frente à Turquia por 2-0 (esta seleção turca chegaria às meias-finais pela primeira vez) e a vingança do Euro de 1996 na Inglaterra, com um triunfo por 3-1. A derrota no último jogo diante da Suíça, não influenciou nada, pois o primeiro lugar já estava garantido, depois dos triunfos nos dois primeiros jogos.

Nos quartos-de-final derrota frente à Alemanha. Frangos dados pelo guarda-redes Ricardo ajudaram a esse desaire. Os germânicos iam voltar à final, pela primeira vez desde a festa no Europeu de 1996, na Inglaterra, mas perderiam diante dos espanhóis, por 1-0, golo de Fernando Torres. 44 anos depois a Espanha voltava a festejar, em 1964 tinha sido em casa, agora na Áustria, onde se realizou a final.

fpf-29

Europeu de 2004, Portugal: a grande desilusão

 

Portugal-2004:  
Portugal
Fase Final:  
    1ªfase (Grupo A) Grécia 1-2
  Rússia 2-0
  Espanha 1-0
  Quartos-de-final Inglaterra 2-2/6-5 g.p.
  Meias-finais Holanda 2-1
  FINAL Grécia 0-1
 
*jogos no estádio do adversário; +campo neutro
 

 

Não foi preciso jogar a fase de qualificação, pois, Portugal classificou-se como país organizador. Em 2004, parecia um conto de fadas, até que, na final, contra os cínicos gregos, um pontapé de canto fez toda a diferença, dando o título à Grécia, lançando um país numa imensa desilusão. Alguns chegaram a dizer que nunca mais Portugal teria outra oportunidade a este nível! A França, em 2016, pagou as favas e sentiu o mesmo que os portugueses em 2004!

Antes da final, no primeiro jogo, um presságio de como seria na final, derrota com os gregos em pleno Estádio do Dragão. As contas complicavam-se! Vitórias nos jogos seguintes contra a Rússia e a Espanha, qualificaram os lusitanos para a fase eliminar, os quartos-de-final.

Um jogo empolgante com a Inglaterra só foi decidido nas grandes penalidades. Portugal conseguiu empatar a sete minutos do fim por Hélder Postiga, depois de um golo madrugador para os ingleses. Rui Costa, no prolongamento, parecia ter dado o apuramento para as meias-finais. Mas, Lampard marcou e igualou o jogo e levou-o para a lotaria. Aí, o guarda-redes português, Ricardo, fez magia, defendeu um sem luvas e depois apontou o decisivo, apurando Portugal para as meias.

Nas meias-finais o adversário era a Holanda. Conseguiria Portugal apurar-se para a sua primeira final? E obteve isso, por 2-1, com um grande golo de Maniche, que fez o 2-0. Algum sofrimento até ao fim, mas os lusitanos estavam na sua primeira grande final!

Na final, pontapé de canto, no início da segunda parte e golo dos gregos. E tudo o resto acabou numa grande tristeza. Só doze anos depois esta foi transformada numa grande festa, onde a seleção foi orientada pelo ex: selecionador grego. Uma grande ironia!

fpf-28

 

 

 

 

XIII Europeu de Futebol, 2008, Áustria/Suíça: título espanhol

uefa 96

ÉPOCA   FASE ATINGIDA ADVERSÁRIO RESULTADO
         
Áustria/Suíça 2008:      
Espanha      
    1ªfase, Grupo D Rússia 4-1
      Suécia 2-1
      Grécia 2-1
    Quartos-de-final Itália 0-0/4-2 g.p.
    Meias-finais Rússia 3-0
    FINAL Alemanha 1-0
         
 Onze principal: Casillas; Sergio Ramos, Marchena, Puyol e Capdevila; Marcos Senna, Iniesta, Xavi, Fabregas e Silva (Cazorla); Fernando Torres (Guiza)
         
Marcha do marcador: 1-0, por Fernando Torres (33m)
         
* jogos no recinto adversário; +campo neutro;

 

Marcado para a Áustria e a Suíça, a Espanha pôs fim a um interregno de 44 anos sem ganhar nada. Parecia maldição. Mas, em 2008, no Europeu, o tiki-taka pôs fim a isso. Um golo, na final, de Fernando Torres bastou para conquistarem o ceptro europeu. Isto foi o início da melhor geração de sempre do futebol espanhol.

Uma primeira fase concluída com três vitórias em três jogos. De seguida, o jogo mais difícil de todo o torneio para a seleção espanhola: só nas grandes penalidades, nos quartos-de-final, é que conseguiu eliminar a Itália. Nas meias, tal como na fase de grupos, outra goleada e triunfo tranquilo frente à Rússia. Na final, o golo de Torres bastou para derrotar a Alemanha.

As surpresas deste torneio foram a Turquia (que na fase de grupos perdeu contra Portugal) e a Rússia que chegaram às meias-finais. Para os turcos foi a melhor prestação de sempre. Para os russos foi a melhor desde o fim da União Soviética. Contudo, antes desse facto, a URSS, tinha chegado à final do Europeu de 1988, onde perdeu aí contra a Holanda. Relembre-se que este país venceu o primeiro Europeu da história, em 1960, na França.

Portugal teve uma prestação razoável: ganhou o seu grupo com vitórias nos primeiros dois jogos, garantido logo aí esse factor, a derrota contra a Suíça não contou para nada, nem para os lusitanos nem para os suíços. Nos quartos-de-final calhou a Alemanha, que tinha ficado em segundo no grupo, em virtude de ter perdido com a Croácia. Um jogo infeliz do guarda-redes Ricardo eliminou os portugueses, derrotados por 3-2.

 

 

 

XII Europeu de Futebol, 2004, Portugal: vitória da Grécia

uefa 95

 

Portugal 2004:      
Grécia      
    1ªfase, Grupo A Portugal 2-1
      Espanha 1-1
      Rússia 1-2
    Quartos-de-final França 1-0
    Meias-finais República Checa 1-0 a.p.
    FINAL Portugal 1-0
         
 Onze principal: Nikopolidis; Seitaridis, Kapsis, Dellas e Fyssas; Giannakopoulos (Venetidis), Zagorakis, Basinas e Katsouranis; Vryzas (Papadopoulos) e Charisteas
         
Marcha do marcador: 1-0, por Charisteas (57m)
         
* jogos no recinto adversário; +campo neutro;

O Europeu de 2004 realizou-se em Portugal. Terminou com uma das maiores surpresas da história deste torneio: a Grécia sagrou-se campeã europeia, derrotando na final a seleção da casa, Portugal.

Uma vitória no primeiro jogo frente à equipa da casa e de seguida um empate frente à Espanha colocou os gregos em excelente posição para se qualificarem. Tiveram sorte no último jogo, pois, a derrota frente à Rússia deixou-os em má posição, contudo, passaram para os quartos porque tinham mais um golo marcado que a Espanha, com igual diferença de golos.

A partir daí, venceram todos os jogos por um zero: nos quartos contra a França; nas meias, após prolongamento frente à República Checa e na final, de canto, festejaram o título. A Grécia, assim, sagrou-se campeã, numa das maiores sensações da história dos europeus. Provando que nem sempre os favoritos triunfam.

Portugal, país anfitrião, começou mal, derrotado pela Grécia, depois, duas vitórias frente à Rússia e Espanha, qualificaram os lusitanos para os quartos, aí, num jogo dramático contra a Inglaterra, decidido nas grandes penalidades, com o guarda-redes Ricardo a ser o herói, defendendo e marcando logo a seguir o da vitória. Nas meias-finais, triunfo diante a Holanda, apurando Portugal pela primeira vez para a final de uma grande prova.Na final, desilusão, vitória dos gregos.

 

 

A maior surpresa da I Liga no século XXI: Paços Ferreira, 3ºlugar, 2012-13

2012-13 J V E D GOLOS P
1-FC Porto 30 24  6  0 70-14 78
2-Benfica 30 24  5  1 77-20 77
3-Paços Ferreira 30 14 12  4 42-29 54
4-Sporting Braga 30 16  4 10 60-44 52
5-Estoril 30 13  6 11 47-37 45
6-Rio Ave 30 12  6 12 35-42 42
7-Sporting 30 11  9 10 36-36 42
8-Nacional 30 11  7 12 45-51 40
9-Vitória Guimarães 30 11  7 12 36-47 40
10-Marítimo 30  9 11 10 34-45 38
11-Académica 30  6 10 14 33-45 28
12-Vitória Setúbal 30  7  5 18 30-55 26
13-Gil Vicente 30  6  7 17 31-54 25
14-Olhanense 30  5 10 15 26-42 25
15-Moreirense 30  5  9 16 30-51 24
16-Beira-Mar 30  5  8 17 35-55 23

 

2012-13: Paços Ferreira, 3ºlugar CASA FORA
FC Porto 0-2 0-2
Benfica 1-2 0-3
Sporting Braga 2-0 3-2
Estoril 1-0 1-1
Rio Ave 2-1 0-0
Sporting 1-0 1-0
Nacional 1-1 3-3
Vitória Guimarães 2-1 2-2
Marítimo 2-2 1-1
Académica 1-0 1-1
Vitória Setúbal 2-0 0-0
Gil Vicente 3-2 1-0
Olhanense 0-0 2-1
Moreirense 1-1 5-0
Beira-Mar 1-1 2-0
CASA FORA
V E D GOLOS V E D GOLOS
8 5 2 20-13 6 7 2 22-16
TOTAL
J V E D GOLOS P
30 14 12 4 42-29 54

 

Num campeonato, época 2012-13, onde os dois primeiros, Benfica e FC Porto, só, acumulando os dois registos, perderam um jogo e foi um FC Porto-Benfica 2-1, decisivo na atribuição do título. Apesar deste facto, este teria uma surpresa de proporções épicas e que raramente ocorreu na história do escalão máximo do futebol português: Paços Ferreira, terceiro classificado, acabou com a medalha de bronze desta temporada e apurou-se para o play-off da Liga dos Campeões.

Surpresa, pois, as melhores classificações deste emblema nortenho, a seguir a este pódio, são dois sextos lugares em 2002-03 e 2006-07! Daí falar-se de algo muito diferente nesta temporada de 2012-13! Podemos adicionar com também digno de realce a presença na final da Taça de Portugal em 2008-09 e na final da Taça Liga em 2010-11, ambas perdidas, contundo, chegou à fase decisiva!

Perdeu apenas quatro vezes, todas contra os dois primeiros. De resto, uma caminhada quase imaculada, visto que não perdeu com mais ninguém e ainda se deu ao luxo de vencer os dois jogos contra o Sporting, na Mata Real e em Alvalade, ambos por 1-0. Nada a apontar! A questão é quantos anos vamos esperar por algo semelhante?

Esta temporada, 2012-13, foi ainda marcada pela pior classificação de sempre de um dos principais emblemas do futebol português, o Sporting, que acabou em sétimo lugar. Algo inédito! O pior que tinha feito até então eram quatro quintos lugares: 1964-65, 1968-69, 1972–73 e 1975-76.

 

fpf 21

 

Boavistão pela quinta vez na Taça Portugal: vitória na taça em 1996-97

fpf 13

 

 

 

ÉPOCA   FASE ATINGIDA ADVERSÁRIO RESULTADO
         
Boavista:      
1996-97, Taça Portugal      
    4ªeliminatória Estrela Vendas Novas 6-0
    5ªeliminatória Oriental 4-0
    Oitavos-de-final Infesta 2-0
    Quartos-de-final Estoril 1-0*
    Meias-finais Sporting 3-2 a.p.
    FINAL Benfica 3-2
         
Onze principal: Ricardo; Paulo Sousa, Litos, Isaías e Mário Silva; Tavares, Rui Bento e Hélder; Sanchez (Jimmy), Simic (Jorge Couto) e Nuno Gomes (Tulipa)
         
Marcha do marcador: 1-0, por Sanchez (7m); 2-0, por Nuno Gomes (28m); 2-1, por Calado (35m); 3-1, por Sanchez (58m, gp); 3-2, por Paulo Sousa (60m, pb)
 
         
* jogos no recinto adversário; +campo neutro

 

1996-97 marcou a última presença do Boavista na final da Taça de Portugal. Foi a sua sexta final. E foi a sua quinta vitória. O adversário? Benfica, terceiro classificado nessa época; o Boavista, terminou em sétimo lugar. Os portuenses marcaram 62 golos nessa temporada no campeonato; é ainda o seu terceiro melhor registo na sua história no escalão máximo do futebol português, só batido pelos 65 de 1975-76 e 63 de 2000-01, ano do título.

Esta final foi a terceira entre o Boavista e o Benfica, e pela segunda vez, o Boavistão triunfou. Isso significa que os boavisteiros têm vantagem sobre as águias em finais desta prova, feito inédito até 2012-13, pois, aí, o Vitória Guimarães bateu os encarnados, ficando com vantagem também em jogos desta estirpe, com uma pequena diferença: os axadrezados disputaram três finais com o Benfica, os vimaranenses só uma,mas, não deixa de ser uma vantagem.

Um percurso fácil  pela equipa orientada por Mário Reis até à meia-final, eliminando equipas de escalões secundários. Nas meias, uma vitória sobre o Sporting no último minuto do prolongamento, isto é, muito drama. Na final, triunfo num jogo emocionante frente ao Benfica, com o desfecho 3-2. Seria a última conquista do Boavista! E, presentemente, será difícil igualar tal desiderato! Contudo, tudo é possível e ninguém paga imposto por sonhar!

Boavista foi Boavistão uma última vez, 2001-02, 2ºlugar, vice-campeão nacional

fpf 12

 

 

2001-02 J V E D GOLOS P
1-Sporting 34 22  9  3 74-25 75
2-Boavista 34 21  7  6 53-20 70
3-FC Porto 34 21  5  8 66-34 68
4-Benfica 34 17 12  5 66-37 63
5-Belenenses 34 17  6 11 54-44 57
6-Marítimo 34 17  5 12 48-35 56
7-União Leiria 34 15 10  9 52-35 55
8-Paços Ferreira 34 12 10 12 41-44 46
9-Vitória Guimarães 34 11  9 14 35-41 42
10-Sporting Braga 34 10 12 12 43-43 42
11-Beira-Mar 34 10  9 15 48-56 39
12-Gil Vicente 34 10  8 16 42-56 38
13-Vitória Setúbal 34  9 11 14 40-46 38
14-Santa Clara 34  9 10 15 32-46 37
15-Varzim 34  8  8 18 27-55 32
16-Salgueiros 34  8  6 20 29-71 30
17-Farense 34  7  7 20 29-63 28
18-Alverca 34  7  6 21 39-67 27
             

 

2001-02, Boavista Vice-Campeão CASA FORA
Sporting 0-0 0-2
FC Porto 2-0 1-4
Benfica 1-0 1-2
Belenenses 2-0 2-0
Marítimo 0-1 0-0
União Leiria 1-0 1-0
Paços Ferreira 5-0 1-0
Vitória Guimarães 0-0 0-2
Sporting Braga 3-0 2-0
Beira-Mar 3-0 3-0
Gil Vicente 0-0 3-0
Vitória Setúbal 4-1 1-1
Santa Clara 2-0 2-0
Varzim 1-2 2-0
Salgueiros 2-1 1-1
Farense 1-1 2-1
Alverca 2-0 2-1
CASA FORA
V E D GOLOS V E D GOLOS
11 4 2 29-6 10 3 4 24-14
TOTAL
J V E D GOLOS P
34 21 7 6 53-20 70

 

Mais uma vez, o Boavista foi Boavistão ao terminar o campeonato no segundo lugar! Esta foi a terceira e última vez que o clube portuense terminou com o título de vice-campeão, igualando os azuis de Belém neste setor. Apesar de ambos terem um título conquistado, o desempate faz-se a favor do Belenenses, enquanto o Boavista só terminou duas vezes em terceiro lugar, os lisboetas fizeram-no por mais de dez vezes. No entanto, são, na história do escalão máximo do futebol português, os principais opositores dos três grandes, o que mais luta lhes deram e mais se intrometeram.

O Boavista conseguiu um feito único: dez vitórias fora de casa.  Não fossem os percalços em casa, ao cederam um empate em casa frente ao Farense que desceu de divisão, o mesmo ocorrido, mas fora, contra o Salgueiros, também relegado; e, ainda  a derrota frente ao 15ºclassificado, o Varzim, os boavisteiros podiam ter, talvez, feito o bi.

Com jogadores, orientados por Jaime Pacheco, como Pedro Emanuel, Petit, Ricardo, Sanchez, Silva, Martelinho, Duda, Serginho Baiano, Frechaut, o Boavista fez da sua defesa um baluarte, ao sofrerem apenas vinte golos, também, recorde do clube. O ataque não era nada de especial, apenas marcaram 53 golos, todavia, com uma boa solidez defensiva, quase renovaram o título.

Salgueiros e Farense, dois clubes históricos do futebol português, ambos já participaram nas competições europeias, cada um respetivamente com 24 e 23 presenças na agora I Liga,  tiveram nesta temporada a última presença a este nível. O Belenenses fez aqui a sua melhor época desde 1987-88, onde acabou no pódio (última vez no seu historial), ficando em quinto lugar, os anos seguintes, à  exceção de 2006-07, onde ficou em quinto e foi a final da taça, não foram dignos do historial deste clube!

Sporting na Taça de Portugal: 1981-82 a 2012-13

fpf 7

Neste tempo de fim de século XX, início do século XXI, entre 1981-82 e 2012-13, 32 épocas, o Sporting, sempre com um dos três maiores orçamentos do panorama futebolístico, apenas venceu cinco Taças de Portugal: 1981-82,1994-95,2001-02,2006-07 e 2007-08. Perdeu, também, outras cinco finais: 1986-87,1993-94,1995-96,1999-2000 e 2011-12. Se nos primeiros quatro casos as derrotas não foram surpresas, já que, perdeu duas com o Benfica e outras duas com o FC Porto, a derrota de 2011-12 foi uma das maiores surpresas da história das finais da competição! A derrota com a Académica tem esse epíteto, não por ser os conimbricenses, mas por terem perdido com o 13ºclassificado da I Liga de 2011-12, ou seja, só ficaram três clubes abaixo na tabela classificativa, tornando-se na segunda pior equipa classificada vencedora desta prova. Este registo só é igualado pelo Estrela Amadora em 1989-90, também 13ºclassificado, apesar do campeonato ter na altura 18 equipas; e batido pelo Beira-Mar 16ºclassificado em 1998-99, relegado à Liga de Honra, mas com a taça no bolso; é ainda o único clube a vencer este evento e a descer de divisão no mesmo ano.

As conquistas não trouxeram nada de especial: 1981-82 contra o Sporting Braga, facilmente, 4-0, com os bracarenses longe então do fulgor atual. A de 1994-95 nada a acrescentar a não ser que foi a primeira presença dos madeirenses na final desde 1925-26, 69 anos! Em 2001-02, os leixonenses também regressavam a esta fase pela primeira vez em 41 anos, o jogo até foi mais equilibrado do que o se pensava, 1-0, pois os matosinhenses estavam na II B, terceiro escalão do pirâmide portuguesa de futebol, sendo até hoje o inédito representante de uma terceira divisão na festa final da Taça. Em 2006-07, parecia sina, vitória a três minutos do fim frente o Belenenses; os azuis também não estavam no jogo decisivo desde 1988-89. A de 2007-08, consubstanciou que os leões ganharam pela terceira vez no historial duas taças consecutivas ( recorde é três nos anos 40) e batiam os portistas na final pela primeira vez desde 1977-78.

De resto, algumas eliminações inimagináveis, três das quais com equipas de divisões secundárias: a primeira em 1998-99, frente ao Gil Vicente, no quintal do Adelino Ribeiro Novo, que pôs fim a uma série de 50 anos sem tal evento ocorrer. As outras duas em casa: em 2002-03, frente à Naval 1ºMaio e para não obstruir a história, na época seguinte, frente ao Vitória Setúbal. Isto resultou em dois dados curiosos, o outro só marcado em 2006-07: o primeiro dado foi o fato de o Vitória Setúbal ser até hoje a única equipa e eliminar pelo menos uma vez os três grandes estando nessa época em divisões secundárias: tudo começou em 1942-43, humilhando o FC Porto por 7-0 nas meias-finais; em 1960-61, nos oitavos-de-final, frente ao Benfica, campeão europeu nesse ano, recuperando de 1-3, para passar com 4-1; e em 2003-04, ciclo concluído, 5ªeliminatória, vitória por 1-0 em Alvalade.

Se os setubalenses são os únicos a fazerem isto a nível de clubes, Fernando Santos, atual selecionador grego, é o obreiro do contrário, isto é, ser afastado por equipas de divisões secundários pelo menos uma vez, treinando os três grandes, ou seja: 1998-99, 5ªeliminatória, Estádio das Antas 0-1,  frente ao Torreense; 2003-04, 5ªeliminatória, Estádio de Alvalade, 0-1, frente ao Vitória de Setúbal; 2006-07, oitavos-de-final, Varzim-Benfica 2-1. Algo de muito pouco recomendável para ter no currículo!

ÉPOCA FASE ATINGIDA/ADVERSÁRIO RESULTADO
     
1981-82 VENCEDOR: Sporting Braga 4-0
1982-83 Quartos-de-final: Benfica 0-3*
1983-84 Meias-finais: FC Porto 1-1/1-2*
1984-85 Oitavos-de-final: Rio Ave 1-1*/0-1
1985-86 Quartos-de-final: Benfica 0-5*
1986-87 Finalista vencido: Benfica 1-2
1987-88 3ªeliminatória: Farense 0-1*
1988-89 Meias-finais: Belenenses 1-3*
1989-90 3ªeliminatória: Marítimo 1-2
1990-91 Oitavos-de-final: Boavista 0-2*
1991-92 Oitavos-de-final: FC Porto 0-1*
1992-93 Meias-finais: Boavista 0-1
1993-94 Finalista vencido: FC Porto 0-0/1-2 a.p.
1994-95 VENCEDOR: Marítimo 2-0
1995-96 Finalista vencido: Benfica 1-3
1996-97 Meias-finais: Boavista 2-3 a.p.*
1997-98 Quartos-de-final: Sporting Braga 1-3*
1998-99 4ªeliminatória: Gil Vicente 2-3*
1999-2000 Finalista vencido: FC Porto 1-1/0-2
2000-01 Meias-finais: FC Porto 1-2*
2001-02 VENCEDOR: Leixões 1-0
2002-03 Quartos-de-final: Naval 1ºMaio 0-1
2003-04 5ªeliminatória: Vitória Setúbal 0-1
2004-05 Oitavos-de-final: Benfica 3-3/6-7 g.p.*
2005-06 Meias-finais: FC Porto 1-1/4-5 g.p.*
2006-07 VENCEDOR: Belenenses 1-0
2007-08 VENCEDOR: FC Porto 2-0 a.p.
2008-09 4ªeliminatória: FC Porto 1-1/4-5 g.p.
2009-10 Quartos-de-final: FC Porto 2-5*
2010-11 Oitavos-de-final: Vitória Setúbal 1-2*
2011-12 Finalista vencido: Académica 0-1
2012-13 3ªeliminatória: Moreirense 2-3 a.p.*
     
+Campo neutro; *recinto adversário  

 

Finalmente um novo campeão, 55 anos depois: 2000-01, Boavista campeão nacional pela primeira vez

Foram precisos 55 anos para se ver outro clube campeão que não os três grandes, neste caso, o Boavista. Uma época quase ideal frente aos três grandes, apenas uma derrota, dois empates e três vitórias, sendo que esse jogo perdido foi na última jornada do campeonato, quando o troféu já estava à espera de ser levantado. Em casa, apenas uma derrota, frente ao Sporting Braga, e 16 vitórias, um percurso quase imaculado. Fora, nada de especial, mas o suficiente para ser campeão no fim, cedendo apenas duas derrotas. Uma equipa que sofreu 22 golos, recorde do clube numa temporada até à altura. Alicerçado numa defesa onde os laterais alternavam, na direita, Rui Óscar e Frechaut (mais tarde internacional) e os da esquerda, Quevedo e Erivan; no centro, Litos, além de titular absoluto e capitão da equipa, marcou golos importantes, coadjuvado por Pedro Emanuel ou Jorge Silva; no meio-campo Petit e Rui Bento davam consistência defensiva dando azo à criatividade de Sanchez; nas alas Martelinho e Duda faziam a diferença; na frente ou Silva ou Wellington punham a cabeça em água às defesas. Na baliza começou William, mas, rapidamente substituído por Ricardo que seria titularíssimo na seleção A pouco tempo depois. Os melhores marcadores foram Silva e Duda com dez golos cada. Um título à espera de sucessão; esperemos que não demore tanto como desta vez.

Uma época que ficou marcada por dois factos. Um, positivo, embalada pelos golos de Derlei e Marcel, a superior defesa de Nuno Valente e Renato, a organização de Silas, capitaneada por Bilro,  a União Leiria ficou num inédito quinto lugar. O seu melhor lugar de sempre, igualado duas temporadas depois. Treinados por Manuel José, que depois de ter conseguido o melhor lugar de sempre, também, um quinto lugar, neste caso, do Portimonense em 1984-85, inclusive, apurando a equipa para as competições europeias, fica ligado ao outro interessante registo duma equipa denominada de pequena.

 

Finalmente um aspeto negativo. Negativo para os benfiquistas, pois a maioria dos clubes não se importavam de acabar no sexto lugar. Isto é, tal como aconteceu em 1945-46, quando o Belenenses foi campeão, o FC Porto acabou em sexto lugar, 55 anos depois aconteceu quase o mesmo, todavia, o clube a acabar em sexto foi o Benfica. No caso do Benfica o pior lugar de sempre até hoje. Mais, desde 1941-42 até 1999-2000, o clube encarnado acabou sempre, pelo mínimo em terceiro lugar, assim, 60 anos depois o dono do Estádio da Luz, terminou em sexto lugar, deste modo, ficando abaixo dos três primeiros e classificando-se no pior lugar de sempre até hoje. Desde aí até agora, contudo, o Benfica acabou duas vezes abaixo de terceiro, dois quartos em 2001-02 e 2007-08. Mas esta é uma época que os adeptos do clube de Lisboa não se querem recordar.

 

2000-01 J V E D GOLOS P
1-Boavista 34 23  8  3 63-22 77
2-FC Porto 34 24  4  6 73-27 76
3-Sporting 34 19  5 10 56-37 62
4-Sporting Braga 34 16  9  9 58-48 57
5-União Leiria 34 15 11  8 46-41 56
6-Benfica 34 15  9 10 54-44 54
7-Belenenses 34 14 10 10 43-36 52
8-Beira-Mar 34 14  7 13 45-49 49
9-Paços Ferreira 34 12 12 10 47-39 48
10-Salgueiros 34 13  4 17 41-55 43
11-Marítimo 34 12  7 15 34-37 43
12-Alverca 34 12  7 15 45-52 43
13-Farense 34 10  9 15 37-47 39
14-Gil Vicente 34 10  7 17 34-41 37
15-Vitória Guimarães 34  9  9 16 41-49 36
16-Campomaiorense 34  7 11 16 29-58 32
17-Desportivo Aves 34  4 10 20 31-68 22
18-Estrela Amadora 34  4  7 23 30-57 19

 

2000-01:  Boavista, CAMPEÃO CASA FORA  
FC Porto 1-0 0-4  
Sporting 1-0 0-0  
Sporting Braga 1-2 0-1  
União Leiria 4-0 0-0  
Benfica 1-0 0-0  
Belenenses 2-0 2-2  
Beira-Mar 1-0 4-2  
Paços Ferreira 1-0 2-0  
Salgueiros 5-0 5-1  
Marítimo 3-1 1-1  
Alverca 5-1 2-1  
Farense 1-0 2-2  
Gil Vicente 2-0 2-0  
Vitória Guimarães 4-1 2-1  
Campomaiorense 3-1 0-0  
Desportivo Aves 3-0 2-1  
Estrela Amadora 1-0 0-0  
CASA FORA  
V E D GOLOS V E D GOLOS  
16 0 1 39-6 7 8 2 24-16  
TOTAL  
J V E D GOLOS P
34 23 8 3 63-22 77

Site no WordPress.com.

EM CIMA ↑